segunda-feira, 12 de julho de 2010

O olhar que não se contenta em ver

Em mais um dia de cursinho -e último antes das férias- ganhamos um livro de estudo com resumos sobre as obras que caem na prova da fuvest e unicamp.
Estava esperando esse livro fazia meses, realmente estava muito ansiosa para lê-lo. Mas, o mais surpreendente foi que o que me chamou a atenção não foi as belas obras que ali estavam sendo expostas, nem os comentários dos professores mais conceituados ou fragmentos da nossa rica literatura. Foi um poema que estava na contra capa, aquele partizinha que é feita pra marcar as páginas. Imagino eu que o poema foi escrito por André Luiz e Miranda Leite (?)

O olhar que não se contenta em ver
reescreve o texto nos infinitos espelhos da sua própria história.
Quer ler novidade sempre.
A partir das suas viagens, seus dias de aborrecimento, suas lembranças guardadas debaixo do travesseiro, nos sonhos ou em fotografias.

O olhar que não se contenta em ver
sabe que o texto são as entrelinhas que, invisíveis, tornam-se em um momento mágico, visíveis ao sentido de quem aceita sua existência contraditória de sombra, fantasma e luz.

O olhar que não se contenta em ver
compartilha o que lê, pois já não pode guarda para si o encanto de tantos mundos conquistados das alegrias e tristezas dos livros que se reconstroem a cada nova leitura, o encanto da poesia, da arte.

O olhar que não se contenta em ver
dividiu-se e não cabe mais em nós e se oferece a você, leitor, em forma de livro.
Recebe-o e lê, certo de ser tomado pela experiência única de um olhar que na presença da literatura nunca se contenta em ver.

*---*

Obs.: Não li o livro ainda, mas tenho a impressão que ele aparecerá muito por aqui u.u

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